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5 de agosto de 2009

As listas... as malfadadas listas

Meus amigos são já do conhecimento público as listas de candidatos a deputados dos maiores partidos portugueses e os seus lideres podem até justificar o injustificável mas, por favor, não me venham dizer que há pluralismo, rotatividade, diversidade e "escolhas" democráticas.
Não, o que há, e nós sabemo-lo bem, são as quotas a ditar as regras! E na nossa história política este acontecimento ocorre pela primeira vez!
Reconhecê-lo, obviamente, seria admitir algo que ninguém assume: nem quem convida nem quem aceita!
Agora a pergunta que se impõe é: Existe alguma coisa mais discriminatória do que a constituição de uma lista cuja principal preocupação são os rácios?
E os que aceitaram integrar listas sabendo que o único motivo que presidiu à sua escolha foi o cumprimento do pressuposto das malfadadas quotas... como se sujeitam?? Vale tudo? Ou será que tudo tem um preço?
Sou mulher, mas entendo que as funções desempenhadas no âmbito de cargos públicos não podem ser assumidas, simplesmente porque se é do sexo feminino!!
Esta é só a nova roupagem do machismo da nova democracia!
É por isto, que Portugal não avança, não cresce nem se afirma internacionalmente.
Ora, já ninguém vai nestes cozinhados.

6 comentários:

PJA disse...

A história das quotas não é nova, nem é boa. Nos exemplos estrangeiros, temos quotas de mulheres, de negros, de índios, de jovens (o que será um "jovem"...?), enfim, de tudo o que sejam seres considerados, de alguma forma, inferiores. É quase inacreditável, mas é assim. Claro que a culpa é, desde logo, de quem aceita ter, como único mérito apresentável, o sexo (que até pode ser belo... ou nem tanto...), a raça ou a idade. Essa aceitação oportunista acaba por consolidar um sistema discriminatório, onde deixa de haver lugar para o mérito. Por isso, uma mulher que tente conquistar um lugar numa lista pode, um dia destes, ouvir como recusa: desculpe, camarada, você até merecia, mas... a sua quota já foi preenchida.

Pingos e Salpicos disse...

independementemente disto, ele há pessoas para tudo e portanto iremos assistir a cenários lamentáveis... mas que isto de ser deputado também já não causa estranheza eles existem de todas as estirpes!!

SC disse...

A não ser que se queira sujeitar a uma mudança de sexo...

PJA disse...

Ora aí está! Brilhante! A mudança de sexo é a "pedra-de-toque"! Imaginemos um deputado do PS em... 17º lugar, por exemplo. Na actual constituição de listas, muito sexista e machista, noto que, pelo menos em Lisboa, os homens ocupam os lugares 1, 2, 4, 5, 7, 8, 10, 11, 13, 14, 16, 17, 19, 20... etc.
portanto, as mulheres estão em 3, 6, 9, 12, 15, 18...
Ou seja, dois, uma, dois, uma...
Se, de repente, um daqueles mais entusiastas do casamento gay resolve soltar a franga e dar o salto definitivo, temos as contas furadas! Vai daí, temos de dizer a uma deputada: Camarada, o (...) resolveu assumir de vez. A operação está marcada. Ele é o 17º. Lixámos as quotas. Portanto, das duas, uma: ou muda de sexo, ou muda de partido. Assim, não pode ficar.

Pingos e Salpicos disse...

hehehehe vejo que as férias te vão animando no período pré-eleitoral. é só ideias!!

Pingos e Salpicos disse...

Meus amigos... se isto pega moda estamos todos tramados e em desvantagem. hehehehe