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7 de dezembro de 2008

E lá vem mais um!

Aproxima-se uma data de celebração e, como se costuma dizer, é "mais um"!!
E de repente questiono-me: Já, como é possível? Aiaiaiai que isto está a passar rápido demais!!
Mas não é assim para todos? E porque só notamos isso quando é connosco? Porque será?
Provavelmente porque só assim percebemos a intensidade do que se sente.
É muito gratificante.
Beijos que amanhã já estou mais velha.

2 de novembro de 2008

Opinião de um homem sobre o corpo feminino

Achei o texto delicioso por isso divulgo-o para aqueles que ainda não o conhecem sentirem a sua intensidade... É bom que a sociedade e todos nós reflictamos sobre isto.

Opinião de um homem sobre o corpo feminino
"Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheiinhas, femininas... . Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fracção de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são rectas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.
A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.
A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de
cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Porque
razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam connosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheiinha, simpática, tranquila e cheia de saúde.
Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objectiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado. O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em Setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe. É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!
A beleza é tudo isto". por Paulo Coelho

28 de outubro de 2008

África, a revisita

Estou de partida para Cabo Verde e a inquietação habitual já me invadiu!! Este é o meu modo de estar na vida e de reagir às coisas que gosto e que me tocam.
Um desassossego incessante mas estimulante que me dá força, vontade e energia de continuar e ir mais além... e quando me perguntam que ligação tenho a África, respondo a vida e esta paixão incessante.

26 de outubro de 2008

Amo a vida

Humanamente sinto-me destroçada...
Acabo de assistir a uma reportagem sobre crianças raras, por serem portadoras de doenças raras.
Só quem não tem filhos poderá passar indiferente aquilo que ali foi abordado. E mesmo nesse caso, é preciso pensar que não acontece só aos “outros”.
Fiquei emocionada mas igualmente perturbada. Como é possível que a natureza ainda nos reserve estas incertezas?
E, ao ver estas crianças – com uma doença que avança a um ritmo galopante – penso como somos egoístas e não damos valor aquilo que temos... por acharmos sempre que não temos nada!
Quis apenas partilhar convosco este trago amargo que se alojou na minha garganta e me empurra para pensamentos menos positivos em contrapartida com a vontade que tenho de gritar: amo a vida.

Lembram-se do Papalagui?

Recordo-me de ter lido, ainda adolescente, um livro delicioso...
Na época não podia vislumbrar todos os ensinamento que nele estavam contidos. Hoje reconheço: ele é um diamante em bruto!
E como eram bons aqueles tempos de ingenuidade e de incerteza.E como era bom quando todos eramos papalagui!

24 de setembro de 2008

Eternamente uma paixão

É verdade que já escrevi sobre os aromas, a melancolia deliciosa, a saudade inesgotável e o pôr-do-sol inesquecível e que estou agora aqui novamente a falar-vos da minha paixão pelo continente africano.
Não consigo contornar é um assunto que mexe demais comigo e hoje especialmente estou à flor da pele: tenho amigos em trânsito aéreo entre Lisboa e continente africano e sempre que assim é eu entro neste imergir de sentimentos profundos.
É-me impossível, eu simplesmente não consigo ser indiferente aos momentos que me marcam e contagiam. Fico com uma vontade imensa de os partilhar e exteriorizar, porque esta é a minha forma de estar na vida e de viver em sociedade.
A alegria de ver concretizados projectos, realizadas pessoas e de sentir que valeu a pena Acreditar, compensa a distância que me separa de tudo isso. E não importa se há um oceano entre nós, isso pouco importa, porque as tecnologias vão conseguido, para já, apagar a marca da distância e aproximar os corações palpitantes.
Eu não vos esqueço em Moçambique, Cabo Verde e Angola porque sei que estão aí de pedra e cal aguardando resultados visíveis de todas as etapas árduas porque vão passando.
Os materialistas nunca entenderão isto, transcende-os.
Eu nunca me cansarei de escrever sobre aquilo que inspira a minha vida: a nível académico, Moçambique e o poder local levaram à dissertação e, a nível pessoal, Cabo Verde inspirou o bem mais precioso que possuo, a minha filha I.
Continuo a afirmar que é aquele cheiro a terra, forte e húmido que me invade o espírito e alimenta a alma. Eu hei-de regressar lá sempre que puder e tiver oportunidade.
Tenho a sensação que a minha vida passa inevitavelmente por África, quem sabe?

23 de setembro de 2008

Tristeza

A tristeza é um sentimento intenso que nos invade sem pedir licença e nos atravessa o coração. É atroz e atropela todos os outros sentimentos, muitas vez atravessa-se entre nós e terceiros e não obstante pode ser tão cruel!
Ocorreu-me questionar as razões para isso ter de ser assim mas não consegui chegar a nenhuma conclusão. Vale a pena reflectir... porque será hein?

14 de setembro de 2008

O MEU PRIMEIRO ESPECTÁCULO DE GOOGUÉE

Hoje de manhã era enorme a agitação lá em casa, afinal tratava-se do primeiro evento cultural da I. com outros meninos. De fralda e chupeta lá estávamos nós pelo meio dia para assistir a um verdadeiro espectáculo de GOOGUÉE – dança e música para bebés.
Atenta e desperta a todos os sons a I. mal começou o espectáculo, e entretanto viu uma outra menina a andar pelo cenário, decidiu começar a gatinhar de encontro às figurantes que estavam em cena a simular acordar, espreguiçar e outras coisas parecidas e muito deliciosas de fazer quando não nos apetece levantar.
Desde o cenário, às figurantes, músicas, luz até aos movimentos, tudo foi estudado ao pormenor. A história é uma história de encantar e conseguiu mobilizar um conjunto de cerca de 20 bebés e meninos o que, definitivamente, não é tarefa fácil!! A todos os meus Parabéns!!
E como a I. é uma bebé muito participativa, habituada que está a ter muita interacção, acaba por chamar a atenção e logo que terminou o espectáculo as duas figurantes e os seus pozinhos de prilimpimpim vieram ter com ela... e lá continuaram as três a brincar ao faz-de-conta. Vê-la assim... e parece que foi ontem que nasceu!!
Tenho a certeza que este foi um dia mágico que a I. não se irá lembrar mas que guardará para sempre no seu inconsciente.

7 de setembro de 2008

Red Bul Air Race... dá-lhe asas!

Durante este fim de semana realizou-se no Porto o “Red Bull Air Race”.
Consta que partilharam os céus os olhares atentos de cerca de 650 mil pessoas, as quais se localizaram nos mais diversos locais, desde penduradas nas árvores, nos telhados, nos terraços, nas varandas, enfim até nos locais mais bizarros o objectivo era unicamente assistir aquele que é um dos espectáculo mais loucos do mundo com acrobacias de pilotos alucinados que são inimitáveis
É... este show do ar é um verdadeiro espectáculo. E aqueles que se julgam audazes: esqueçam!! Red Bull é muito “à frente”.

30 de agosto de 2008

Definitivamente... uma das músicas da minha vida.

YouTube - Broadcast Yourself.

No verão é sempre a mesma coisa!

Todos os anos acontece a mesma coisa no mês Agosto.
Escasseiam as notícias e os media que sem acontecimentos não vendem, nem ninguém vê, desatam a inventar histórias e notícias.
Este ano, infelizmente para muitos felizmente para outros tantos, não tivemos um verão quente pelo que não foi possível ver tablóides e aberturas de telejornal com “O PAÍS A ARDER!!”
Ora se não há incêndios o que é que os media vão destacar.... hummmm, o que será, o que será, ok. Pode ser a criminalidade .
Ora, só uma pessoa distraída pode considerar que viver em Portugal ainda é seguro. Será concerteza mais seguro que outros lugares mas já não oferece a pacificidade de outros tempos, nem nada que se pareça.
Quando éramos miúdos, eu, os meus irmãos e o meu primo deixávamos as bicicletas à porta de casa – plena Estrada de Benfica, junto ao Fonte Nova – enquanto íamos lanchar!! Imagine-se hoje o que aconteceria.
Na minha opinião trata-se apenas de tornar público aquilo que muitos de nós já sabemos: ou porque vivemos nós próprios uma situação ou porque conhecemos alguém que foi vítima. Pena é que só o façam em Agosto.
É certo que se fala num aumento da criminalidade mas essa pode muito bem ser resultado da gravíssima crise social e económica a qual é geradora de comportamentos intempestivos e extremados como os que temos vindo a conhecer.

18 de agosto de 2008

Amigos especiais: vivam os politólogos!!

Se há alguns anos atrás me dizessem que eu organizaria jantares para reunir amigos, muito provavelmente não acreditaria na afirmação.
Mas aconteceu... e bastou passar uma década para eu dar comigo a fazê-lo!
O interessante da coisa é que adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii reencontrar esses amigos que apesar das vidas complicadíssimas, quase sem horários para o convívio, permitiram o encontro no passado dia 1 de Agosto.
Tê-lo promovido, sinceramente, deixou-me muito feliz.
Obrigada por existirem, sem vocês não fazia sentido!!

9 de agosto de 2008

Reflexões... e o Papalagui

Lembro-me de ter lido, ainda adolescente, um livro apetitoso...
Na altura não podia vislumbrar todos os ensinamento que nele estavam contidos. Hoje reconheço que ele é um diamante em bruto!
E como eram bons aqueles tempos de ingenuidade e de incerteza.
Como era bom quando eramos todos papalagui!

5 de agosto de 2008

A escola da minha adolescência

Vivi recentemente um momento que me fez revisitar a meu passado recente quando fui fazer uma visita guiada à escola secundária onde, há 20 anos, frequentei o ensino secundário.
Logo no portão de entrada da escola deu-se-me um aperto no coração que não consigo explicar, era uma mistura de saudade do que ali vivi com um “quero muito voltar a viver coisas como aquelas”, das quais guardo as mais saborosas e doces memórias.
Tempos de juventude, dirão alguns.
Assim que entrei no edifício, o cheiro tão característico da escola – que todos guardamos no nosso imaginário – entranhou-se na alma e transportou-me para novos cosmos e vivências.
De repente, como se de um flash se tratasse, revi em segundos os amigos, as intrigas, as cumplicidades, os namoricos, as patetices e os professores sempre insatisfeitos.
Hummmmm, suspirei!, inspirei e pensei como eram bons aqueles tempos...
Acho que é isto que alguns apelidam de “saudade”.
Se formos ver bem, os momentos, as pessoas e as coisas que ali vivi foram até coisas simples mas carregadas de significado e simbolismo.
Então porque será que nós humanos, à medida que vamos avançamos no processo de crescimento, nos tornamos cada vez mais exigentes com as coisas que nos trazem alegrias ou nos satisfazem?
Porque esquecemos tão rapidamente o quão simples é ser feliz, ou largar um sorriso puro e sincero, sem mais nada, sem condições disto ou daquilo!
Porque será que com o envelhecimento/amadurecimento nos tornamos numa coisa rígida, fria, intransigente, como se não tivéssemos conhecido outra forma de estar na vida? É que ficamos assim e se ninguém nos alerta, nem damos conta. Dramático!!
Sim, as responsabilidades fazem-nos amadurecer mas a verdade é que elas fazem muito mais do que isso, elas transformam-nos de uma maneira que importa indagar: Vale a pena?
Não sei. Há que pesar os dois pratos da balança e decidir porque eu confesso que tive saudades da irreverência própria da juventude.

27 de julho de 2008

A inutilidade da espera

Nada é mais inútil que passar horas à espera que algo aconteça. As situações são as mais variadas: ou que me venham buscar, ou que me entreguem o livro encomendado on line, ou que estreie o filme xpto, ou que me passe a dor de cabeça.

Lembro-me quando era miúda que qualquer programa, por mais simples que fosse, me causava uma enorme ansiedade, especialmente na véspera. Dai resultava uma grande e longa noite sem pregar olho.

Obviamente que hoje, passados alguns anos acabei por criar mecanismos de defesa e perante situações destas já não fico ansiosa nem deixo de dormir.

No entanto, fico pior e isso é de facto estranho. Porque agora, sempre que tenho de esperar por alguma coisa, penso sobretudo naquilo que estou a perder a título pessoal. Confuso? Eu explico. Sinto que perco tempo – daquele que está em cotagem decrescente desde que nasci um dia e cujo terminus ninguém conhece – e nessa medida começo a ponderar muito seriamente se vale a pena esperar.
Sempre que espero – e já o ditado dizia que “quem espera desespera” – de forma inútil dá-se um desinvestimento, seja na relação a dois, na família, nos amigos, ou simplesmente em mim.
Gostava de poder organizar o tempo de acordo com tudo o que desejava fazer.
Como isso não é possível, resta-me dizer à S.: desculpa não ter aparecido!
Prometo que vou cuidar melhor do meu tempo.
Bjs

26 de julho de 2008

Os médicos e os diagnósticos, quem os entende?

Tudo corria como normalmente até que chegou a hora da minha uma consulta médica.

Na verdade esta era já a segunda investida nesta especialidade - ambas em entidades privadas devido à urgência mas também porque o sistema nacional de saúde é incapaz de corresponder às necessidades de todos aqueles que, como eu fazem descontos mas, quando precisam, não obtêm resposta - já que o diagnóstico da primeira consulta me provocou uma profunda decepção naqueles que deviam ser os “Dr. House” cá do nosso cantinho à beira mar plantado.

Ora nós recorremos aos Senhores Especialistas da área da saúde porque somos perfeitos ignorantes e esperamos, ou na verdade queremos mesmo com muita convicção, que nos digam alguma coisa: eventualmente um diagnóstico, uma causa e uma solução.
Penso, inclusive, salvo melhor opinião, que esta é a ordem lógica da coisa.

No entanto, estamos sempre em tempo de ser surpreendidos. E foi exactamente isso que me aconteceu.
Imaginem, depois de apresentar o problema que me levava aquela consulta oiço o Especialista dizer-me que o melhor é não fazer nada (?!) Como é isso? Eu vou a uma consulta porque tenho um problema e o médico faz-me crer que o melhor é não fazer nada. Ainda que isso não fosse realmente o melhor para mim. A que título e com que direito?
Como é possível que um médico, supostamente digno de uma determinada conduta esqueça o código deontológico e aquelas que são as suas obrigações?
Paguei a consulta e sai jurando nunca mais lá voltar.

Insatisfeita, resolvi partir para a segunda consulta e resta-me o consolo de saber que não sou louca, que tinha razão em procurar um especialista e que afinal o melhor “era fazer alguma coisa!!”.
A esse especialista agradeço por ser profissional. Obrigada.
Precisávamos que servisse de modelo aos colegas que colocam em descrédito a competência da classe, de uma maneira geral.

Até,

25 de julho de 2008

Gosto de escrever e partilhar

Quando me dizem que escrevo textos extensos juro que não percebo a observação.

Faço um esforço por compreender a profundidade de tal afirmação mas a verdade é que para quem gosta de escrever, ‘escrever’ nunca é demais. Aliás até pode é ser de menos!
Esta é pelo menos a minha sensação, infelizmente, mais vezes do que desejava.

Sempre que me predisponho a escrever mas por algum motivo não o faço, fico decepcionada comigo. Este é o meu espaço de divagação para extravasar depois de um dia cheio de pressões, solicitações, obrigações e mais uma série de coisas chatas acabada em ‘ões’.

Eu gosto de partilhar coisas, sensações, experiências, opiniões – sejam elas boas ou más, isso pouco importa –, pelo que isso em si mesmo significa.
Porque para mim esta é uma forma de estar na vida e de encarar os problemas e as circunstâncias do quotidiano, é um escape que me faz muito bem e me renova diariamente.

É isto que me dá força e faz crer que vale a pena partilhar com Todos, mas em especial com os amigos, seja neste espaço seja noutro lugar qualquer, tudo o que me vai na alma.
E se isso for expresso num texto extenso que culpa posso ter, se gosto de escrever!

E quem não gosta de sorrir?

Até amanhã

23 de julho de 2008

África, os aromas que nunca se perdem

A melancolia pode até ser um estado de espírito negativo mas a verdade é que hoje acordei assim, e acreditem, que de macambúzia não tinha nada!!

São sensações de outros momentos que são revividos e revisitados com muita saudade...
Na verdade, há coisas inexplicáveis, pois como se pode explicar que passados tantos anos de ter estado em África continue a sentir aqueles aromas de Moçambique? Aquele cheiro a terra, forte e húmido, que me invade e entranha e por isso me traz recordações excelentes de todos os bons momentos passados.

A vida ali parou e eu só tive tirar proveito. Não há stress, horários alargados, comportamentos anti-sociais, etc ,etc, e assim sendo o que ficou foi algo de muito bom.
Ainda que muitos amigos me perguntem qual o interesse daquela deslocação, a verdade é que por mais explicações que possa dar, existe algo que nunca será perceptível a quem nunca foi a África: aquele cheiro e aromas ficam memorizados e são indescritíveis.

Não sei se esta melancolia é ou não uma característica dos latinos, ou melhor, se ela é uma característica em especial das mulheres? Mas o que importa é que ninguém, melhor que as mulheres, tem capacidade de conseguir pensar e repensar em coisas que muitos já esqueceram ou sequer um dia haviam registado.

Agora, àqueles que, livres como os pássaros, vivem a vida desprendidos de qualquer sentimento apenas digo: tenham um momento de melancolia ela é saudável e faz bem à alma.


Enfim, hoje acordei assim.

11 de julho de 2008

O Estado da Nação

Hoje parecia ser um dia importante: na Assembleia da Republica ia discutir-se o Estado da Nação.

Ora, tanta expectativa fazia crer que, mais do que falar-se dos problemas dos país - que esses, e pelas piores razões, todos vamos sabendo quais são – se iria debater as grandes directrizes a seguir. Mas não.

Havia que centrar as atenções no novo líder parlamentar. E, se a nova líder social-democrata, Manuel Ferreira Leite, tinha já tocado na ferida quando contestou a natureza e importância dos investimentos públicos anunciados pelo Governo para os próximos anos, a verdade é que não se percebe porque razão é que o Governo se sente na obrigação de indemnizar a zona oeste pelo facto da localização do novo aeroporto não ser essa?!

Sócrates insiste na modernização das infra estruturas e nas obras públicas - que obviamente não questiono a importância mas apenas o momento – como seja a construção de barragens, novo aeroporto, TGV e auto-estradas, etc. Agora o que importa perguntar é qual é o preço a pagar pelas gerações vindouras desta modernização?

É verdade que estamos hoje pior, e não é apenas por estarmos diante uma grave crise financeira internacional e a uma alta dos bens alimentares nos mercados internacionais é porque de um modo geral todos perdemos nos últimos três anos: e disso é prova o aumento desmesurado das famílias endividadas.

Perante isto, e porque Portugal é hoje o país com o pior nível de vida da UE, Sócrates sentiu-se na obrigação de dar uma volta ao cenário – ou pelo menos de lhe mudar a roupagem – tendo apresentado um conjunto de medidas para atenuar os efeitos da crise internacional, por sinal, bastante discutível.

Sócrates, orgulhoso e provavelmente, como diz o ditado, também daqui a algum tempo só, defende as medidas adoptadas nos últimos 3 anos pelo seu Governo e, se é verdade que conseguiu atingir o défice mais baixo, a verdade é que os parabéns devem ser dados a todos aqueles que – como eu – foram vítimas da perseguição fiscal e hoje estão mais pobres.

Ora, será mera miopia ou o Rei vai mesmo nu?

10 de julho de 2008

A desumanização social nas grandes metrópoles

Hoje estou furibunda.

A nossa sociedade está de facto muito desumanizada e nas grandes metrópoles como Lisboa, isso acontece de modo explícito e pelo que parece – e se nada fizermos – é com o consentimento de todos nós.

Eu hoje queria muito estar hoje um bocadinho mais com a minha filha – e não fazer os loucos horários de trabalho das 9H às 20H – porque hoje, era um dia especial, ela fazia oito meses!!
Só que, infelizmente, a nossa sociedade é cruel.

Por um lado são as mulheres que, apesar de serem também mulheres, não dão qualquer apoio a este tipo de iniciativa que eu hoje, uma vez mais, tive!! Parece que nas suas casas não têm famílias? Bom lá terem família têm a única diferença é que existe alguém que faz o trabalho que elas não fazem. Educar! Sim, porque esta árdua tarefa desgasta mais que qualquer dia árduo no gabinete.

Por outro lado são os homens que, muitos deles por serem já pais de adolescentes ou mesmos avós, parecem distanciados temporalmente o suficiente para se terem esquecido que, com qualquer comum mortal, também tiveram deveres, desde levar ou buscar os filhos, a dar banho ou alimentar, isto para referir apenas algumas das tarefas diárias de que tem filhos.
Mas, para mim existe algo mais importante que tudo isso: é que eu quero partilhar a minha vida e os momentos especiais com a minha filha.
Quero sobretudo que ela se lembre que os pais estiveram sempre. Nunca delegaram.
Eu não optei por ter filhos aos trintas para depois outros se me substituírem naquelas que são as minhas funções. E não abdico disso. Quero ser eu a Educar a minha filha
E o que há de errado com isso?

Afinal eu hoje só queria BRINCAR COM A MINHA FILHA!!

Será assim tão complicado as mentes iluminadas perceberem isto?
Afinal o que se passa com a instituição Família...estará em decadência?
Ou será que vou ter de concordar com a S. que a propósito de filhos me dizia: “na escola do Guilherme as famílias ‘anormais’ começam a ser a minha que, como a tua, é constituída por um laço formal, não somos toxicodependentes, nem temos problemas de alcoolismo, ainda vamos tendo casa e emprego. Isto parece hoje constituir a excepção!”

Afinal alimentam-se estes monstros sociais e depois acabamos vítimas deles.

Espero que daqui a um mês venha a escrever um texto substancialmente mais positivo!
Quem sabe?

6 de julho de 2008

As férias e o stress

Adoro a praia e o mar mas sinceramente não percebo porque raio é que as pessoas, ano após ano, fazem sempre a mesma coisa: vão uns dias de férias, supostamente para recuperar energias e forças para o dia-a-dia, mas regressam, na maior parte das vezes, ainda pior.
É verdade que os seres humanos são naturalmente insaciáveis e insatisfeitos: se comemos uma Pizza hoje, amanhã vamos querer um Frango da Guia e depois uma Cataplana na esplanada da marginal e por ai fora.
Deixamos o descanso em paz e começamos por pegar no carro e nas tralhas para ficar na fila que nos leva ao Tal Restaurante onde ficamos à espera primeiro de mesa e depois do jantar. Uma espera interminável. Eu só de os ver fico estoirada!!

Enfim, quando finalmente começamos a jantar já estamos mais mortos que vivos, mas a malta continua a dizer que aquilo é que foram umas férias bestiais!!
Como é que é possível?
Bom, pessoalmente, não tenho paciência nem tempo para a canseira dos eventos estivais ou sociais! Para mim chegaram-me os anos da loucura e furor de adolescente, hoje encaro a vida com outra postura, mais calma, serena mas também mais sábia. Mas não se iludam... todos acabamos por lá chegar, uns mais cedo, outros mais tarde.
A todos aqueles que agora partem, dou uma sugestão: não façam nada, mas mesmo nada, porque a inércia nunca fez mal a ninguém. Além disso precisamos reflectir o que fazemos para não voltarmos a fazer tudo mal.

Boa Viagem e até breve