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5 de agosto de 2008

A escola da minha adolescência

Vivi recentemente um momento que me fez revisitar a meu passado recente quando fui fazer uma visita guiada à escola secundária onde, há 20 anos, frequentei o ensino secundário.
Logo no portão de entrada da escola deu-se-me um aperto no coração que não consigo explicar, era uma mistura de saudade do que ali vivi com um “quero muito voltar a viver coisas como aquelas”, das quais guardo as mais saborosas e doces memórias.
Tempos de juventude, dirão alguns.
Assim que entrei no edifício, o cheiro tão característico da escola – que todos guardamos no nosso imaginário – entranhou-se na alma e transportou-me para novos cosmos e vivências.
De repente, como se de um flash se tratasse, revi em segundos os amigos, as intrigas, as cumplicidades, os namoricos, as patetices e os professores sempre insatisfeitos.
Hummmmm, suspirei!, inspirei e pensei como eram bons aqueles tempos...
Acho que é isto que alguns apelidam de “saudade”.
Se formos ver bem, os momentos, as pessoas e as coisas que ali vivi foram até coisas simples mas carregadas de significado e simbolismo.
Então porque será que nós humanos, à medida que vamos avançamos no processo de crescimento, nos tornamos cada vez mais exigentes com as coisas que nos trazem alegrias ou nos satisfazem?
Porque esquecemos tão rapidamente o quão simples é ser feliz, ou largar um sorriso puro e sincero, sem mais nada, sem condições disto ou daquilo!
Porque será que com o envelhecimento/amadurecimento nos tornamos numa coisa rígida, fria, intransigente, como se não tivéssemos conhecido outra forma de estar na vida? É que ficamos assim e se ninguém nos alerta, nem damos conta. Dramático!!
Sim, as responsabilidades fazem-nos amadurecer mas a verdade é que elas fazem muito mais do que isso, elas transformam-nos de uma maneira que importa indagar: Vale a pena?
Não sei. Há que pesar os dois pratos da balança e decidir porque eu confesso que tive saudades da irreverência própria da juventude.

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